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#JUNTOSPELO RS A FORÇA-TAREFA DA SAÚDE

Pronta-resposta dos players de saúde disponibiliza atendimento gratuito por meio da telemedicina com suporte emocional, orientação de primeiros cuidados e atendimento com profissionais especializados

A tragédia sem precedentes em decorrência das chuvas intensas e, consequentemen­te, de inundações por conta do transbor­damento de rios no estado do Rio Grande do Sul chocou a todos. De imediato, as operadoras de saúde criaram seus planos de con­tingência para seguir com os atendimentos, além de ajudar a população local de alguma forma.

“Passamos pela pior tragédia climática da história do nosso Estado. De repente, nossa in­fraestrutura foi totalmente destruída: cidades ilhadas, estradas e pontes desapareceram, e centenas de milhares de pessoas ficaram desa­brigadas, vivendo em cidades sem água, luz e comunicação”, relata Alexandre Salgado, dire­tor-Executivo da Sulmed.

A Sulmed é uma operadora com mais de 40 anos de atuação sediada em Porto Alegre, capi­tal do Rio Grande do Sul. Diante do cenário, a primeira preocupação foi tentar manter a opera­ção assistencial, com o intuito de estar disponí­vel para a população atingida pelas enchentes.

“Não sabíamos se teríamos nossos times disponíveis, pois não havia di­mensão dos atingidos. Boa parte da nossa rede assistencial foi impactada de alguma forma, e muitos estabelecimen­tos não estavam conseguindo prestar atendimento. Entretanto, conseguimos estruturar um modelo de contingência que deu vazão às necessidades dos be­neficiários, tanto na rede própria quanto na rede credenciada. Inclusive, flexibili­zamos algumas regras de produto, como a dispensa de autorização prévia para a realização de consultas e exames. Além disso, ampliamos a capacidade de aten­dimento do nosso Pronto Atendimento Digital e das consultas eletivas por tele­medicina”, explica Salgado.

Segundo ele, mais de 20% dos colaborado­res da Sulmed foram atingidos e uma das me­didas adotadas foi o fornecimento de um cartão emergencial com crédito para ser utilizado em qualquer estabelecimento comercial. Além dis­so, as jornadas de trabalho foram flexibilizadas e a operadora também criou uma campanha para arrecadação de recursos destinados às pessoas que tiveram suas casas severamente atingidas pelas enchentes.

A situação também destacou a importância da colaboração. “Nossa rede de saúde demonstrou uma incrível capacidade de adaptação, com mui­tos profissionais trabalhando incansavelmente para garantir que os cuidados continuassem, mesmo nas condições mais adversas”, destaca Salgado.

A telemedicina

A Hapvida NotreDame Intermédica e a Conexa, ecossistema digital de saúde, uniram-se na campa­nha Juntos pelo Rio Grande do Sul para oferecer consultas gratuitas por videochamadas e telefone a todos os gaúchos que necessitarem. “A iniciati­va conjunta foi criada para atender a população do Estado que sofre com uma das maiores tragédias já vistas no País”, ressalta Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida NotreDame Intermédica.

“Priorizar a manutenção dos fluxos de atendimento, em meio a todo esse caos, é a melhor forma de ajudar a sociedade como um todo. Se não tivéssemos lutado para garantir o acesso aos serviços, muita gente seria impactada negativamente neste momento que, certamente, é dos mais difíceis de suas vidas”

ALEXANDRE SALGADO,  diretor-executivo da Sulmed

Conforme ele, os serviços estão ativos para todo Rio Grande do Sul. As videochamadas estão dis­poníveis 24 horas por dia e estão à disposição dos pacientes cerca de 300 clínicos gerais, mais de 50 pediatras e uma equipe de enfermagem para aco­lhimento quando necessário. Os atendimentos por telefone, para áreas sem acesso à internet, são feitos pelo número 0800-8000081, das 9h às 18h.

Para passar pelas consultas por videochamadas, o paciente precisa entrar na plataforma da Conexa e fazer cadastro com nome, CPF e criar uma senha. É necessário informar e-mail, data de nascimento e um número de celular. O link para a consulta será enviado por mensagem eletrônica.

A Hapvida também fechou uma parceria com o Dr. Online, plataforma desenvolvida para atender profissio­nais da área da saúde para a realização de teleconsultas.

Para contribuir, a SulAmérica, em parceria com a Rede D’Or, cadastrou cerca de 150 médicos volun­tários para realizar teleconsultas gratuitas para toda a população gaúcha. O objetivo foi fornecer acesso rápido e eficiente à orientação médica e psicológica, especialmente aos impossibilitados de se deslocar.

“Todos nós precisamos ajudar as famílias afe­tadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul com os recursos que temos ao nosso alcance. Estamos mobilizando nossas forças e disponibilizando doa­ções e cuidados médicos imediatos e essenciais para ajudar na reconstrução de milhares de vidas”, afirma Raquel Reis, presidente da SulAmérica Saúde e Odonto.

As teleconsultas são gratuitas e acessíveis por meio da plataforma DocWay. As enfermeiras ficam disponíveis 24 horas por dia durante os sete dias da semana. Se necessário, o atendimento será repassado para médicos durante o horário comercial.

A Doctor Clin, que também atua focada nos municípios do Rio Grande do Sul, está oferecendo até hoje apoio através da telemedicina, que serviu como uma alternativa aos pacientes enquanto algu­mas unidades permaneceram fechadas no período mais crítico da tragédia.

“Os pacientes podem agendar uma consul­ta através do nosso aplicativo. Além disso, o DC Group, uma plataforma de marcas e serviços in­dependentes que visa oferecer soluções em saúde para as pessoas, na qual a Doctor Clin está inseri­da, lançou uma campanha para ajudar os colabora­dores vítimas das enchentes que assolaram nossa região. Nos comprometemos em fazer a diferença e oferecer suporte aos profissionais que foram di­retamente afetados pelos impactos das cheias”, analisa a operadora.

APOIO À SOCIEDADE

“As operadoras em geral já possuem um contexto social muito importante na atuação de nossa sociedade. Priorizar a manutenção dos fluxos de atendimento, em meio a todo esse caos, é a melhor forma de ajudar a sociedade como um todo. Esse é um momento muito difícil e delicado. Se não tivéssemos lutado para garantir o acesso aos serviços, muita gente seria impactada negativamente neste momento que, certamente, é dos mais difíceis de suas vidas”, descreve Alexandre Salgado.

“Temos um lado muito bonito, que é o quanto nossos colaboradores estão en­gajados em ajudar, cada um da maneira que pode. Desde doações de uma peça de roupa e de cestas básicas, passando por ajuda financeira, acolhendo colegas ou familiares desabrigados em suas ca­sas, até casos onde foi cedido um prédio particular destinado para um abrigo vol­tado para atendimento de crianças autis­tas”, acrescenta o diretor da Sulmed.

De acordo com o CEO da Hapvida, a ação solidária visa minimizar os im­pactos sofridos pelo povo gaúcho. “Os nossos usuários já tinham o direito de usar o serviço de telemedicina e nós en­tendemos que deveríamos ampliar para população em geral a possibilidade de ter atendimento médico. Nossa compa­nhia está empenhada em levar conforto, segurança e mais saúde para o povo do Rio Grande do Sul”, diz Pinheiro.

Além disso, a Hapvida tem divul­gado o Pix Oficial do Governo do Rio Grande do Sul em seus canais oficiais, por meio das redes sociais, para clientes, médicos, dentistas, vendedores e corre­tores. “O prédio da sede de São Paulo ganhou um grande adesivo com esses dados e um QR Code incentivando as milhares de pessoas que transitam pela Avenida Paulista a ajudarem a popula­ção da região fazendo uma doação em dinheiro”, conta o presidente.

“Estamos mobilizando nossas forças e disponibilizando doações e cuidados médicos imediatos e essenciais para ajudar na reconstrução de milhares de vidas”

RAQUEL REIS, presidente da SulAmérica Saúde e Odonto

A Amil, outro grande grupo de saúde, en­viou, no mês de maio, em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), cargas de insumos médico­-hospitalares para ajudar as vítimas das enchen­tes, equivalente a nove carretas repletas de itens.

A doação de mais de R$ 2 milhões em pro­dutos médicos foi disponibilizada em tempo re­corde e envolveu a equipe da Amil e a cadeia de fornecedores da empresa que em 24 horas já havia conseguido 67% do que foi solicitado pelo Ministério da Saúde. Posteriormente, foi envia­da uma nova remessa e a contribuição da opera­dora somava 87% da contribuição pedida pelo governo federal.

“Houve uma logística de engajamento opera­cional e de ‘mão na massa’ para levar os medi­camentos o quanto antes para os necessitados, que se sobrepõe a uma doação simplesmente fi­nanceira”, conta o empresário e CEO do Grupo Amil, José Seripieri Filho.

A ação solidária da Amil também ajudou em outras necessidades do povo gaúcho como doa­ção em dinheiro e purificadores industriais de água, perfazendo o valor de R$ 300 mil adicio­nais, já enviados para líderes de campanha como o professor de Direito e Desembargador William Douglas e o influenciador Felipe Neto.

Em outra frente de atuação, a SulAméri­ca realiza doações de materiais hospitalares, medicamentos e cestas básicas, bem como a promoção de campanhas de arrecadação de roupas e agasalhos.

“Os nossos usuários já tinham o direito de usar o serviço de telemedicina e nós entendemos que deveríamos ampliar para população em geral a possibilidade de ter atendimento médico”

JORGE PINHEIRO, CEO da Hapvida NotreDame Intermédica

“É fundamental que toda sociedade se mo­bilize para ajudar as vítimas da tragédia. Entre nossas ações, mobilizamos profissionais de saú­de para atendimento e orientação por teleconsul­ta para a população gaúcha, doação de materiais hospitalares e medicamentos e doação de 10 mil cestas básicas em parceria com a ONG Ação da Cidadania”, comenta em nota a SulAmérica.

A Doctor Clin está inserida no cenário de calamidade pública enfrentado pelo Rio Grande do Sul e apoia a iniciativa de ações promovidas pelo governo do estado para recuperar perdas na área da saúde.

“A campanha que realizamos por meio do DC Group auxiliou 45 famílias da equipe de co­laboradores impactadas pela enchente. A cada doação recebida, nós dobramos o valor, ou seja, a cada um real doado pela população, colocamos mais um real, ampliando o alcance do auxílio aos necessitados. Ao final da campanha, o valor arrecadado foi de R$ 200.012,79, destinado de forma igualitária para todas as famílias afetadas e proporcionando alívio e ajuda concreta em um momento tão difícil”, compartilha a operadora.
A distribuição foi realizada em parceria com o projeto De Volta para Casa e os beneficiados estão recebendo um cartão que possibilita a compra de itens em lojas parceiras, viabilizando a aquisição de materiais de construção, eletrodomésticos, móveis e outras necessidades que transformem as suas residências em lares novamente.
Além de realizar a campanha para auxiliar os colaboradores afetados, a Doctor atuou como ponto de coleta de doações em quatro unidades, duas na cidade de Novo Hamburgo, uma na cidade de São Leopoldo e uma em Porto Alegre. “Recebemos doações de alimentos não perecíveis, roupas e calçados, toalhas, roupas de cama, itens de cozinha, produtos e utensílios de limpeza. As doações são destinadas inicialmente aos colegas afetados e na sequência às instituições e aos abrigos que necessitarem de apoio”.
CONTINUIDADE DO SISTEMA
DE SAÚDE LOCAL
Sobre o apoio para empresas do ecossistema de saúde que sofreram perdas, como hospitais, o diretor da Sulmed ressalta que o momento é muito delicado e existem muitas particularidades. “Não criamos um modelo de ajuda específico para as empresas do ecossistema de saúde, mas estamos recebendo as demandas e avaliando caso a caso. O momento nos exige muito empenho e flexibilidade para tentarmos ajudar todos que precisam”.
Salgado destaca que a tragédia não só desafiou a infraestrutura do Estado, mas também testou a resiliência do sistema de saúde. “A devastação causada pelas enchentes revelou vulnerabilidades e colocou à prova a capacidade de resposta de hospitais, clínicas e profissionais de saúde. Muitos estabelecimentos sofreram danos físicos significativos, enquanto outros enfrentaram dificuldades operacionais devido à falta de acesso, comunicação e questões básicas de infraestrutura”.
De acordo com o diretor da Sulmed, novas demandas continuam a ocorrer e, assim como no caso das empresas de saúde, as necessidades de cada um são tratadas de forma individualizada. “O cenário todo não será resolvido no curto prazo, ainda teremos um longo caminho a percorrer e não há como prever exatamente os tipos de ajuda que ainda teremos que disponibilizar”, completa.
Os estragos causados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul ainda levarão tempo para serem mensurados, principalmente no âmbito da saúde. “É preciso que todo setor de saúde do Brasil siga empenhado no auxílio à região enquanto os hospitais e unidades de saúde atingidos pela chuva estão sendo reconstruídos”, destaca a SulAmérica.
Segundo a direção da Doctor Clin, o Rio Grande do Sul tem, tradicionalmente, uma piora no quadro de doenças respiratórias nesta época do ano. Agravado ao frio, o cenário da tragédia climática impõe um desafio ainda maior.
A operadora alerta que doenças respiratórias em plena fase de exposição, como Covid-19, Gripes (principalmente H1N1, gripe A e vírus sincicial respiratório) são algumas das maiores preocupações por conta das aglomerações que não há como serem evitadas em muitos espaços.
“Além disso, os alagamentos também trazem uma série de riscos, como a Leptospirose, a Hepatite A e o Rotavírus, que necessitam ser observados com atenção e que apresentam contágio através do contato com a água das enchentes. Com o aumento das ocorrências dessas doenças, a tendência é que o sistema de saúde enfrente uma sobrecarga, tornando essencial um planejamento e organização eficazes para lidar com este cenário da melhor forma possível”, destaca a direção da Doctor Clin.
O diretor da Sulmed lembra que a crise também sublinhou a necessidade de reforçar infraestruturas e de investir em tecnologias que possam garantir a continuidade do atendimento em situações de emergência. “A telemedicina, por exemplo, mostrou-se uma ferramenta essencial para manter o acesso aos cuidados de saúde, permitindo consultas e orientações médicas mesmo quando a locomoção física não era possível”, destaca.

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