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Uma Gestão marcada pela resiliência e inovação

Desde a pandemia de Covid-19 até complexas mudanças regulatórias, à frente da Abramge, Casarotti solidificou avanços significativos e preparou o setor para um futuro promissor

No período de 2021 a 2024, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) viveu um dos capítulos mais desafiadores de sua história. Em um contexto marcado pela pandemia de Covid-19 e uma série de desafios regulatórios e operacionais, a gestão de Renato Casarotti se destacou pela resiliência e inovação.

“Iniciamos nossa gestão em abril, em meio ao pico da pandemia. A ocupação hospitalar estava no limite, exigindo uma resposta ágil e eficaz. Nosso sucesso se deve à colaboração estreita com entidades reguladoras e à nossa capacidade de nos adaptarmos rapidamente às circunstâncias emergenciais”, relembra Casarotti.

Além da crise sanitária, o setor de saúde suplementar navegou por águas turbulentas de regulamentações complexas. “Enfrentamos desafios significativos, como a regulamentação do rol de procedimentos e a questão do piso salarial da enfermagem, que demandaram um diálogo constante com as autoridades e a busca por soluções equilibradas”, destaca.

A gestão de Casarotti não apenas lidou com as adversidades, mas também pavimentou o caminho para avanços significativos, marcando uma era de transformação na Abramge.

Uma das realizações foi a Certificação ISO 9001:2015 obtida pela Associação, um marco que simboliza não apenas a busca contínua pela qualidade e eficiência, mas também reafirma o compromisso da associação com a transparência e governança.

A judicialização da saúde e as mudanças regulatórias exigiram uma gestão astuta e dialogada. A Abramge atuou de forma proativa frente aos desafios legislativos, incluindo debates críticos como o projeto de lei 6.330/2019 e a MP 1.067/2021, culminando na Lei 14.454 que estabelece critérios para cobertura fora do rol da ANS, e participação ativa na ADI 7.265.

O tema do piso salarial da enfermagem, especialmente marcado pela Lei 14.434/2022 e pela ADI 7.222, emergiu como um desafio significativo, destacando a complexidade do equilíbrio entre a valorização dos profissionais e a sustentabilidade do sistema  de saúde. “A discussão sobre o piso salarial da enfermagem foi uma questão complexa, que exigiu um diálogo aberto e construtivo com todos os

stakeholders do setor”, destaca.

Atuação legislativa e regulatória

Durante a gestão de Casarotti, a Associação teve uma atuação legislativa e regulatória marcante, enfrentando e moldando políticas cruciais para o futuro do setor de saúde suplementar.

Um dos principais focos foi em relação à Reforma Tributária, um tema de grande relevância para o setor. A Abramge vem trabalhando para garantir que as peculiaridades do setor de saúde sejam consideradas, evitando impactos negativos que possam comprometer a sustentabilidade das operadoras e, consequentemente, o acesso dos cidadãos aos serviços de saúde. “Participamos ativamente das discussões sobre a Reforma Tributária, defendendo um tratamento diferenciado para o setor de saúde, essencial para o bem-estar da população”, afirma.

A participação ativa no Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (Cosaúde) também destaca a influência da Abramge nas decisões regulatórias. Através de um diálogo constante e construtivo, a associação busca assegurar que as políticas e normativas desenvolvidas sejam alinhadas com as melhores práticas e contribuam para a melhoria contínua da qualidade e eficiência dos serviços de saúde suplementar. “Nossa atuação no Cosaúde reflete nossa dedicação em colaborar para o desenvolvimento de políticas de saúde suplementar que beneficiem todos os brasileiros,” diz.

Renovação no engajamento e comunicação

A gestão de Casarotti se distinguiu não apenas por enfrentar desafios sem precedentes, mas também por inaugurar uma nova era de engajamento e inovação comunicativa. A evidência mais palpável dessa transformação veio através do recorde de participação nos eventos da Abramge, especialmente no Congresso, que se consolidou como um marco de interação setorial.

“O sucesso do Congresso Abramge, com 800 participantes, 35 palestrantes de renome, 20 empresas parceiras e o suporte de 17 entidades, simboliza o engajamento crescente e a confiança depositada em nossa associação” reflete.

“Lançamos luz sobre o funcionamento coletivo dos
planos de saúde, um passo essencial para a construção de uma compreensão mais ampla sobre a saúde suplementar”

RENATO CASAROTTI, presidente da Abramge

Segundo ele, o evento se destacou não só pela participação massiva, mas também pela qualidade do diálogo gerado, impulsionando a Abramge para o centro das discussões estratégicas do setor.

Além disso, a Associação alcançou novos patamares em sua comunicação externa, marcada por mais de 300 entrevistas concedidas, abrangendo temas vitais como reajuste dos planos, judicialização da saúde, e fraudes contra planos de saúde. Destaca-se também a publicação de 17 artigos assinados por Casarotti nos principais veículos do país, reforçando o papel da Abramge como voz líder na saúde suplementar.

Durante o mandato de Casarotti, outro destaque foi a criação e implementação da campanha “Todos Por Todos Com Muita Saúde”, uma iniciativa pioneira voltada para a promoção da saúde e do bem-estar da população brasileira, com importante papel de desmistificar o mutualismo para o público geral. A campanha, além de ganhar reconhecimento internacional, serviu como um veículo para unir diferentes agentes do setor de saúde suplementar, promovendo uma visão integrada e colaborativa em prol da melhoria contínua do acesso e da qualidade dos serviços de saúde.

“Lançamos luz sobre o funcionamento coletivo dos planos de saúde, um passo essencial para a construção de uma compreensão mais ampla sobre a saúde suplementar,” sublinha.

Outro ponto de destaque foi o crescimento no número de operadoras associadas à Abramge, que reflete a confiança depositada pela indústria na liderança e na direção estratégica, consolidando sua posição como uma entidade representativa crucial para o debate e a formulação de políticas de saúde

suplementar no Brasil.

Legado e perspectivas

Ao refletir sobre sua gestão na Abramge, Casarotti considera o impacto significativo de suas iniciativas e o legado duradouro deixado para a associação e o setor de saúde suplementar no Brasil. Com um compromisso firme com a inovação, qualidade e transparência, sua liderança foi pautada no fortalecimento e na busca pela sustentabilidade do setor.

Ao olhar para o futuro, o presidente mantém um otimismo cauteloso, apoiado na resiliência e capacidade de adaptação que a Abramge e suas operadoras associadas demonstraram. Ele acredita firmemente que a Abramge continuará a liderar com excelência, enfrentando desafios e explorando as oportunidades emergentes. “A saúde suplementar no Brasil tem um caminho promissor pela frente, com a Abramge desempenhando um papel crucial nessa jornada”, expressa.

A conclusão de Casarotti sobre sua gestão e o futuro é profundamente influenciada pela força e dedicação observadas no setor. Ele identifica uma rede de profissionais comprometidos com a promoção de mudanças positivas e sustentáveis, o que reforça sua confiança na capacidade do setor de superar desafios e inovar. “Estamos prontos para continuar a evoluir, assegurando que a saúde suplementar seja acessível, de qualidade e sustentável. Meu otimismo se baseia na certeza de que, juntos, podemos desenvolver soluções inovadoras que beneficiarão todos os brasileiros”.  

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