Diálogo e sustentabilidade são palavras-chaves na gestão do novo presidente da Abramge, que atuará nos próximos anos focado em buscar soluções para ampliar o acesso à saúde suplementar
SOLENIDADE de posse do novo presidente da Abramge realizada em Brasília contou com a presença de diversas autoridades e empresários, como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin; o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco; os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e Dias Toffoli; o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; o presidente da ANS, Paulo Rebello, e Daiane Nogueira de Lira, Conselheira do CNJ.
Gustavo Ribeiro assumiu a presidência da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) para o biênio 2024-2026 atento aos enfrentamentos do setor de saúde suplementar. Para isso, uma das suas prerrogativas é a busca pela sustentabilidade do sistema de saúde suplementar no Brasil.
“Hoje o setor busca o reequilíbrio. Esse caminho passa por desafios como aumentar o acesso para a população brasileira aos planos de saúde, aliado a condições que garantam a saúde perene do setor”, afirma.
Para tanto, ele se compromete com a transparência na divulgação dos números da saúde suplementar, assim como nas ações para enfrentamento dos desafios Gustavo Ribeiro assumiu a presidência da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) para o biênio 2024-2026 atento aos enfrentamentos do setor de saúde suplementar. Para isso, uma das suas prerrogativas é a busca pela sustentabilidade do sistema de saúde suplementar no Brasil.
“Hoje o setor busca o reequilíbrio. Esse caminho passa por desafios como aumentar o acesso para a população brasileira aos planos de saúde, aliado a condições que garantam a saúde perene do setor”, afirma.
Para tanto, ele se compromete com a transparência na divulgação dos números da saúde suplementar, assim como nas ações para enfrentamento dos desafios postos. “O brasileiro deseja a segurança que a saúde suplementar proporciona e espera que o custo seja compatível com o orçamento. Aumentar o acesso da população ao sistema, oferecendo um serviço de alta qualidade, é o que lutamos como entidade”, ressalta.
É fato que há a necessidade de fortalecer o diálogo entre a Abramge, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o Parlamento e o Judiciário para superação da crise no setor, que responde por 6% do Produto Interno Bruto (PIB). E é nessa direção os esforços da nova diretoria da Abramge, liderada por Ribeiro.
Fortalecer a articulação da saúde suplementar com os demais agentes sociais em torno de uma agenda estratégica propositiva baseada na ciência é um dos grandes desafios da diretoria que assume a gestão da Abramge pelos próximos dois anos.
“Ao propor um novo pacto, nosso objetivo é o de ampliar o acesso à saúde, desafogando e desonerando o SUS e garantindo a sustentabilidade do setor”, destaca.
Na visão de Ribeiro, nos dois anos à frente da Abramge será preciso ampliar a transparência a pontos nevrálgicos que regem a relação entre os operadores da saúde e a sociedade.
Afinal, a crença de muitos de que o setor quer ser elitista é contraditório ao propósito maior que é ampliar o acesso da população aos planos de saúde.
No entanto, o presidente da Abramge lembra que há uma série de fatores que impactam os custos e que se traduzem em reajustes maiores, tudo isso na busca de reequilibrar o sistema. Entre os impactos mais significativos estão as fraudes e a judicialização indevida da saúde.
COMUNICAÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO
A incorporação de novas tecnologias no rol de procedimentos dos planos de saúde tem riscos e custos. “Decisões judiciais que determinem a inclusão da cobertura, sem análise do impacto do seu custo sobre o sistema e a sua efetividade, afeta, indiscriminadamente, todos os beneficários. Isso acontece porque os planos funcionam à base de financiamento coletivo, ou seja, o usuário não paga por aquilo que usa, mas pela segurança do sistema, que administra o montante de recursos de modo a atender a quem precisa na medida em que precisa”, analisa Ribeiro.
Ele defende o uso consciente do sistema e destaca a importância do investimento em informação, como o Movimento Todos por Todos com Muita Saúde, encampado pela própria associação com o objetivo de mostrar como funciona a saúde suplementar e como o uso adequado pode baratear custos a médio prazo.
“Precisamos aprender a nos comunicar de maneira correta com a sociedade, com os formadores de opinião, com os políticos e com o poder judiciário. Para levar para todos a notícia da importância desse setor, o porquê precisamos permanecer em pé e, conhecendo o problema, trabalhar para se organizar dentro desse cenário”.
Ele destaca que, hoje, um a cada quatro brasileiros tem planos de saúde e no total já somam 51 milhões.
“A existência da saúde suplementar é essencial para o bom funcionamento do SUS. O Brasil de hoje é inimaginável sem a atuação desse setor que, ao desafogar o sistema público, contribui para a sustentabilidade dele também”
GUSTAVO RIBEIRO, presidente da Abramge
“A existência da saúde suplementar é essencial para o bom funcionamento do SUS. O Brasil de hoje é inimaginável sem a atuação desse setor que, ao desafogar o sistema público, contribui para a sustentabilidade dele também”.
ACESSO E EQUILÍBRIO
A prevenção das doenças é outro ponto para o qual Ribeiro chama a atenção. Afinal, com mais acesso, as pessoas podem cuidar mais da saúde e diagnosticar problemas precocemente, o que contribui para o tratamento e também para a redução dos custos. “Quando falamos em saúde complementar, suplementar e saúde pública, estamos falando de uma só saúde. O sistema particular existe justamente para desafogar a saúde pública e permitir ao SUS um melhor orçamento per capita para atender a população”.
O fato de o plano de saúde ser o terceiro maior desejo de consumo dos brasileiros, conforme pesquisa Vox Populi feita à pedido do Instituto de Estudos em Saúde Suplementar (IESS), mostra o potencial de crescimento e também a missão da Abramge. “Aumentar o acesso da população ao sistema é possível e é uma das razões de ser da Abramge”, ressalta.
No entanto, a ampliação da acessibilidade depende de equilíbrio. E esse é um ponto focal da gestão de Ribeiro.
O novo presidente tem Renato Casarotti, seu antecessor na presidência da Associação como vice-presidente. Na nova diretoria da Abramge também estão Marcelo Sanches Dietrich (Doctor Clin), Luiz Celso Dias Lopes (Hapvida NDI), Paulo Jorge Rascão Cardoso (Grupo Athena), Dulcimar de Conto (Nossa Saúde) e Rodrigo Mafra (Sermed). Marcos Novais, à frente do corpo executivo desde janeiro de 2020, permanece na função, assim como os demais diretores executivos da entidade.
Advogado, Mestre em Direito do Estado, com ampla experiência em saúde suplementar, Ribeiro foi vice-presidente da Fundação Zerbini, ligada ao InCor da Faculdade de Medicina da USP. Na área pública atuou como assessor especial do Gabinete pessoal do Presidente da República entre os anos de 2015 e 2016. Atualmente, é vice-presidente de Relações Institucionais e Contratos Públicos da Hapvida NotreDame Intermédica.