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Sorriso envergonhado

Brasil é top na odontologia e está na rabeira da saúde bucal

Seguindo o termo Belíndia, criado em 1974 pelo economista Ed- mar Bacha para se referir à desigualdade no Brasil, os dados revelam que o capital humano da nossa odontologia pode ser considerado equivalente a de um país rico, como a Bélgica. A saúde bucal da população brasileira, porém, não reflete esse cenário de abundância de profissionais, sendo mais parecida com o sorriso de um país pobre, como a Índia.

O Brasil é o país com mais dentistas no mundo, somando mais de 370 mil profissionais, em 2022, segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO). Por outro lado, apesar da abundância de profissio- nais da área, a saúde bucal do cidadão brasileiro continua deficiente. Segundo o estudo Global Burden of Disease, programa com a colabo- ração de mais de 1.800 pesquisadores de 127 países, a prevalência de cárie não tratada no Brasil foi de 38,17%, em 1990, e de 37,46% em 2017. Com isso, o Brasil ocupa a 41ª posição no ranking de redu- ção na prevalência de cárie entre os 53 países avaliados.

…E MUITA QUALIFICAÇÃO

As universidades brasileiras de odontologia estão entre as melhores do mundo. Segundo o último ranking divulgado por especialização pela Center for World University Rankings (CWUR), que avalia a qualidade da educação, empregabilidade, qualidade do corpo docente e pesquisa, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) e a Universidade de Campinas (Unicamp) estão entre as cinco melhores do mundo.

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