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Quem não tem planos de saúde deseja ter

Entre quem já é beneficiário, índices de satisfação, recomendação e intenção de manter o plano atingem os melhores resultados da série histórica

A pesquisa do Vox Populi, realizada a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), mostraque os planos de saúde médicos e odon- tológicos estão em alta. O levantamento ocorreu em abril de 2021, com o objetivo de captar a avaliação dos beneficiários so- bre os serviços prestados e dos não bene- ficiários a respeito das suas experiências e expectativas. A satisfação com o plano de saúde alcançou seu melhor índice na série histórica: 84% (veja gráfico abaixo). Os percentuais positivos de recomendação e de intenção de continuidade também sãoinéditos: 86% e 90%, respectivamente, na pesquisa realizada uma vez a cada dois anos desde 2015.

Quanto aos principais serviços utilizados, houve mudança em relação ao último estu- do: consultas médicas apresentaram que- da de 15 pontos percentuais (de 86% para 71%), enquanto exames diagnósticos cres- ceram 10 (de 78% para 88%). No geral, as razões para estar satisfeito estão relaciona- das principalmente ao atendimento da equi- pe técnica e a qualidade dos médicos.

Entre os não beneficiários, o preço e as condições financeiras são os principais motivos apontados para não terem um plano de saúde. Parcela expressiva (41,4%) já teve, mas foi demitida ou não pode mais pagar. É consensual a importância do plano (85%), sendo que a qualidade do atendi- mento e a comodidade/conforto são as jus- tificativas de alta incidência para aqueles que têm interesse, que são 66%. Quase um terço afirma não querer depender do SUS, pois considera a saúde pública precária e também aparece com destaque a seguran- ça em caso de doença ou emergência.

A pesquisa, que incluiu pessoas de oito capitais e regiões metropolitanas, avaliou também a percepção sobre a covid-19. A satisfação entre os beneficiários com sin- tomas da doença atendidos pelo plano foi ainda maior que a média: 92%, chegando a 100% no Rio de Janeiro e em Salvador (veja mais no gráfico acima). As maiores razões foram atendimento rápido/consulta (46%), diagnóstico rápido (22%) e agilidade na rea- lização de exames (20%). Mais da metade dos não beneficiários (58%) afirma que se sentiriam mais seguros tendo um plano de saúde neste período de pandemia.

PLANOS ODONTOLÓGICOS

A satisfação com os planos odontológicos também é expressiva e atingiu seu maior patamar na série histórica: 83% em média (confira no gráfico na página ao lado). Ospercentuais de recomendação (85%) e in- tenção de manter o plano (89%) são igual- mente crescentes e inéditos. Somados, os índices de alta fidelidade e fidelidade subi- ram 13 pontos percentuais na comparação com os dados de 2019 (de 65% para 78%). As principais razões para estar satisfeito são: não depender da saúde pública (42%) e ter segurança em caso de emergência ou se precisar de uma consulta odontológica/ prevenção (42%). Os atributos de imagem atingem índices superiores a 85% de ava- liação positiva. Mais de 90% acreditam que ter um plano odontológico é essencial, que são atendidos quando precisam, que têm um atendimento de melhor qualidade e que se sentem mais seguros em caso deurgência e emergência.

Além disso, a maioria (82%) considera que as operadoras oferecem informações claras sobre os planos. Quanto à escolha da operadora, a qualidade dos profissio- nais e o preço são os critérios prevalentes. Quase um terço dos beneficiários dis- se ter usado o plano durante a pandemia e uma minoria (12%) precisou interromper o tratamento neste período, seja por medo de se expor ou pelo afastamento do dentis- ta por determinado período. Um percentual de 20% afirmou que o plano disponibilizou algum tipo de atendimento virtual, sendo o mais citado o aplicativo de celular para tirar dúvidas sobre o tratamento. A maioria dos não beneficiários gostaria de ter um plano odontológico (75%), principalmente almejando rapidez e qualidade do atendimento.

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